Em 1906 no vale dos reis uma tumba intacta foi descoberta pelo arqueólogo Ernesto Schiaparelli em Deir-al-Medina. Esta tumba pertencia ao arquiteto egípcio Kha e dentro dela foram achados vários objetos como vara de côvados.
Encontrados também dispositivos de nivelamento semelhante a um esquadro moderno e também algo que chamou a atenção, um estranho aparelho de madeira em formato de caixa oca e com uma tampa articulada.
Desde a sua descoberta muito se questionou sobre a real função deste artefato, inclusive achava-se que seria mais um tipo de instrumento de nível, porem uma nova teoria surge para tal objeto. Segundo Amelia Sparavigna, uma física italiana de Turim, tal objeto era um transferidor. A lógica está na numeração de forma codificada em uma ornamentação que se assemelha a uma rosa dos ventos com 16 pétalas cercadas por formas circulares em ziguezague e com 36 cantos. Se a parte reta da barra for colocada em uma superfície inclinada, um fio de prumo indica sua inclinação no mostrador circular.
Outra informação que auxiliou na teoria de Sparavigna era que os egípcios usavam a fração de um sexto em um sistema de cálculo. Eles conheciam 36 grupos de estrelas chamados de decanos, que foram usados para formar a base de um relógio estelar. O que reforçou a ideia de transferidor era a existência de duas escalas, uma com base em frações egípcias e outra baseado em decanos.
Mas nem todos estão convencidos desta teoria, Kate Spence, arqueóloga da Universidade de Cambridge especialista em arquitetura egípcia antiga, para ela o estranho objeto esta mais para utensílio de decoração do que instrumento de medição. Esta afirmação é embasada no fato de que as marcas não são precisas, e que em relação a instrumentos de medição a precisão fazia parte do padrão egípcio, por conta da sua matemática arquitetônica avançada.
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GRUPO GRÉCIA II
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