sábado, 6 de agosto de 2011

Catadores do Cairo transformam lixo em aquecedores solares

A casa de Hanna Fathy, um egípcio de 27 anos, situada na comunidade Zabbaleen, no Cairo (capital do Egito) pode ser comparada aos lares sustentáveis dos países mais desenvolvidos. Com seu sistema de aquecedores solares, a família dele tem água quente todos os dias. Um biodigestor proporciona uma hora de gás ou 45 minutos de eletricidade. "Gosto de mostrar às pessoas todos os benefícios que o sol pode nos dar com uma tecnologia barata que nós mesmos podemos construir", destacou à agência de notícias EFE.

Os moradores de Zabbaleen (catadores de lixo, em árabe) vivem com menos de US$ 1 por dia, não têm emprego formal e às vezes sequer contam com água ou eletricidade mas, no entanto, construíram em seus tetos tecnologia sustentável de primeira qualidade com a única coisa que têm de sobra: o lixo.

Alguns deles construíram aquecedores solares com materiais recicláveis que proporcionam a eles água limpa e quente. Com a iniciativa, tornou-se coisa do passado aquecer água na estufa ou com querosene, que anualmente causam a morte de 30 pessoas por acidentes.

A ideia da prática sustentável é do cientista norte-americano Thomas Culhane, um apaixonado pela criação de cidades sustentáveis, que se mudou para a favela do Cairo há quatro anos para iniciar o projeto. "Preparamos eco-comunidades que possam produzir soluções de água, energia, resíduos sólidos e que as pessoas sintam isso em seus ossos e mãos, que o vivam todos os dias", enfatizou o pesquisador.

+ em http://www.ecodesenvolvimento.org.br/noticias/catadores-do-cairo-transformam-lixo-em-aquecedores

de grupo Roma

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